Café Formativo se consolida como ação social da Misturaí

Mais uma ação do projeto Amparaí dá certo. Implementado em janeiro passado, o Café Formativo tem o objetivo de promover a cidadania às pessoas em situação de vulnerabilidade social atendidas na Misturaí, além de oferecer alimento. São dois encontros semanais, às terças e quintas, das 9h30 às 11h30, mediados pela Assistente Social Solange Oliveira. Aproximadamente 580 pessoas já participaram da ação.

Nesses encontros, que envolve aproximadamente 20 pessoas cada um, são discutidos temas e problemas que fazem parte do cotidiano dos participantes, como os acessos às políticas públicas, assim como seus direitos enquanto cidadãos.

As reuniões também recebem convidados. Na última terça (2), a psicóloga Rita de Lima e a psicopedagoga Helenara Oliveira tomaram à frente da conversa, que teve como pauta: Resgatando valores: Discussão sobre limites de vagas nos albergues, redução das políticas públicas; acesso ao tratamento contra o uso abusivo de drogas, dificuldades deste acesso.

Fala, assistente social!

“Desde o primeiro encontro o Café Formativo apresentou pontos positivos. Procurei buscar temas a partir da escuta dos participantes. Às vezes a dinâmica é a partir de uma música ou de um longa metragem/ documentário para fomentar a discussão, que por vez fica acalorada. Mas o que na minha percepção está atraindo os participantes é o espaço de escuta, o acolhimento e a troca de experiência. Além de um saboroso Café.
Segundo eles (participantes) ‘o espaço é muito além de alimentar o corpo, é também de alimentar a mente e a alma’. A crescente do grupo está ocorrendo por eles mesmo, que vem convidando os colegas para os encontros e no nosso último atingimos a capacidade das vagas que nos propomos a atender, uma vez que o Café na fila vinha diminuindo. Foi uma evolução o que vem ocorrendo com o Café Formativo. E o relato é a participação dos atendidos, são parte da avaliação positiva das atividades.
A Misturai tem feito um papel importantíssimo no que se refere à dar visibilidade à essa população, ao empoderamento do grupo para que possam buscar seus direitos e fiscaliza-los. Possam fazer parte do controle social das políticas públicas que acessam. Buscando contribuir criando estratégias para melhorar o acesso.”

– Solange Oliveira, Assistente Social da Misturaí-