Furando bolhas, misturando mundos

“As mulheres são líderes em suas comunidades, lideram os movimentos, lutam por direitos, apoiam projetos”

Encerrando a nossa série especial pelo Mês da Mulher, contamos aqui um pouquinho da história de uma maravilhosa que não perde tempo, que corre atrás, acredita muito em dias melhores e aposta no futuro nas crianças! 

Adriana Corrêa de Farias, 56 anos, técnica em Nutrição, estudante de Magistério, líder comunitária na Vila da Pedreira, na Zona Sul de Porto Alegre, é moradora de lá há mais de 30 anos, ficou viúva do seu primeiro marido muito jovem, com cinco filhos e grávida do sexto. Morava e trabalhava na roça neste tempo, e foi dali que tirou o sustento para os filhos até voltar a viver na Capital, acolhida pela mãe, na Pedreira. Conheceu o seu atual marido, teve mais duas filhas e voltou a estudar. 

“Criei meus filhos aqui e mesmo no tempo que era muito violento, que o tráfico imperava, eu criei eles longe disso”, conta orgulhosa a futura professora.

Atualmente está à frente da Associação de Moradores ajudando a comunidade no que pode para melhorar a vida das pessoas. “Dou apoio escolar às crianças de todas as idades, corro atrás para conseguir trabalho para os moradores. Estamos implementando a Biblioteca Comunitária aqui com a ajuda de estudantes da Ufrgs. Aos sábados oferecemos marmitas. São cerca de 150, preparadas com os insumos doados pela Misturaí e pelo MST”, diz.

A Adriana é mais um exemplo de mulher que tomou o comando da solidariedade e do trabalho comunitário em Porto Alegre. Segunda ela, são as mulheres hoje em dia “que são líderes em suas comunidades, lideram os movimentos, lutam por direitos, apoiam projetos. A mulher está em destaque em todos os setores atualmente, no trabalho, na família, na política, na ciência”, ressalta, destacando que entre grandes mulheres que tem referência, estão Marielle Franco, vereadora executada no Rio de Janeiro em 2018 e Irmã Dulce, como dois exemplos de “mulheres que lutaram por ideais, objetivos, pelo que acreditavam”.

Para um futuro próximo, Adriana quer seguir ajudando as crianças da comunidade, orientar as mulheres a encontrarem um caminho. Ela também quer estudar Gestão Pública, e assim se qualificar para gerir novos projetos na comunidade. Vai longe, Adriana!

Texto: Cátia Chagas

Imagens: Arquivo Pessoal

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